A homofobia presente e impune

É uma vergonha, como casos igual ao do jovem homossexual agredido em São Paulo, vem acontecendo. Um país que se diz tão livre, tão colorido com pessoas que criam imagens fantasiosas do que querem que seja real, pois essa deve ser a única explicação para acreditarem que vivemos em um país feliz. A homofobia vem tomando uma dimensão entre todos e esse preconceito que gera agressão e humilha o ser humano que acredita ser livre para ter sua escolha na opção sexual, só vem aumentando.
Em São Paulo pelo menos três pessoas foram vítimas de agressão por parte de um grupo de cinco jovens que usava roupas de grife no dia 14 de novembro. A primeira agressão foi contra dois rapazes nas proximidades da Estação Brigadeiro do Metrô. Pouco mais tarde, eles atacaram mais um rapaz com duas lâmpadas fluorescentes. A polícia diz achar que eles foram vítimas de homofobia já que em meio a agressão um dos agressores gritava, “Suas bichas, vocês são namorados. Vocês estão juntos". Não há duvidas do que foi o caso em questão.
No Brasil e em todo mundo os homossexuais enfrentam o preconceito, mas o pior é quando os agressores saem das palavras e usam a violência contra pessoas inocentes. Em Moscou um brasileiro gay foi agredido por grupo de skinheads, o jovem de 24 anos estava de férias na Rússia, e no ultimo dia da viagem ele saia de uma boate quando foi abordado pelo grupo. Os agressores na maioria das vezes são skinheads, adolescentes afim de se divertir a custa do preconceito e força, algumas vezes os pais, policiais entre outros.Um levantamento sobre violência contra homossexuais realizado em Campinas SP e região mostrou que policiais militares e guardas municipais estão entre os principais agressores de lésbicas, gays, travestis, transexuais e bissexuais. Com certeza se analisarmos outros levantamentos em outras regiões o resultado não será tão diferente.
E o que dói no fim das contas para as vítimas, é o fato da impunidade. A lei diz que é crime, mas não castiga nem a metade dos agressores como devia. Os jovens paulistas, vítimas da agressão, vão continuar suas vidas com medo de que exista um próximo agressor, eles vão levar as marcas daquele dia com eles, enquanto os agressores já estão em liberdade. Pelo menos a mãe de um dos agressores, defende que o filho deve sim ter uma punição, pois não foi essa a educação que ela de a ele, mas será que as outras mães pensam assim? Será que boa parte da população pensa assim?
Enquanto houver gente egoísta e preconceituosa com idéias absoletas, o mundo não vai para frente, as pessoas não querem encarar a nova realidade, a modernidade. Elas querem que o mundo evolua sem de fato evoluírem. Todos os seres humanos devem ter o direito de escolher o que quiser independentemente do que os outros pensem, mas devido a tanta barbaridade, nem todos se sentem seguros em ser o que são. E assim é o mundo de hoje.