Quando você só
caminha e pensa na sua vida, por dois ou três minutos e foca em instantes e não
sabe bem se faz sentido estar ali, onde você está, com as pessoas que deixou
que interferissem na sua vida. Quando você sente que vive um drama pessoal, mal
resolvido e que a única forma de sair
disso está nas suas mãos e você não sente a possibilidade de sair, mesmo sabendo
que consegue. Estranho não? Estranho e confuso, sei lá como entendem. E quem se
importa?
Acordar todos
os dias, não deveria ser um fardo, mas sim uma vontade deliberada de querer
viver o novo amanhã, mas ao invés disso nos prendemos em coisinhas tão bobas,
fúteis e sem sentido, que não percebemos que a graça de tudo está nos detalhes.
Desde o bom dia direcionado à alguém que você diz conhecer, mas na verdade é só
simpatia do dia a dia, ou nas piadas vivenciadas sem previsões, apenas
repentinas e naturais.
Difícil, é
crescer e ver que ainda é tão pequena perto de tudo, como se o mundo e outras
pessoas a sua volta evoluíssem e você está ali parada esperando uma mágica
acontecer. Ridículo eu sei, mas é o que acontece com algumas pessoas. Sem
explicação ou motivo você morre estando viva, e não sabe como desafogar dos
próprios erros, daquelas escolhas ruins e do péssimo hábito de apenas
interpretar uma felicidade que nem sabe se existe.
Mas enquanto
estiver sorrindo, as pessoas vão te olhar diferente, enquanto, estiver com
aquela maquiagem e aquelas roupas estranhas, você está bem no mundo deles. Os
dramas fazem parte, também parecem atrair os curiosos, mas quem disse que isso
é o que sente? Que isso é você de verdade? Nem eu sei o que é de verdade.
O bloqueio
surge quando temos que nos entender com as pessoas reais, quando temos que
tomar decisões por nós mesmos, sem auxílio de alguém mais experiente. Não podemos em nenhum instante deixar de
pensar que existem muitas outras pessoas em mil situações diferentes e
problemas até mais relevantes, mas nem por isso podemos deixar que nossos
problemas sejam menosprezados. Cada um com seu problema, cada um com sua
intensidade, afinal só posso viver a minha vida e quando possível, não esquecer
que posso de alguma forma, ajudar alguém a diminuir suas dificuldades com seus
problemas.
Mas na
correria da vida, somos todos meio egoístas, nos desmoronamos toda vez que nos
sentimos insatisfeitos ou decepcionados com algo ou alguém. Para uns tudo está
normal, sacodem a poeira e retomam seu
rumo, para outros é aquela tempestade. Cada um de um jeito, mas porque o meu
jeito parece ser tão bobo? Creio que a maioria pense assim, ou não.
Nem todo mundo
saí por aí escrevendo coisas idiotas, falando coisas sem muita coerência,
cantando sozinha e lendo livros que não acrescentam muito ao intelecto. Nem
todo mundo é tão retardado que sente tudo tão intensamente a ponto de perder o
sentido do que realmente é importante. Fazer o que? Não dá pra mudar tudo, acho
que nem com uma lobotomia isso mudaria. O jeito é parar de acreditar em mágica,
em pessoas e começar a pensar mais por si mesma. Porque o tempo está voando e
eu ainda não sei como recuperar o que foi perdido, na verdade ainda to perdendo
muito dele à toa.
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